RÁDIO MUTANTE
quinta-feira, 8 de agosto de 2024
Essa semana, que começou quente e seca no Brasil, deve ter uma mudança brusca a partir de quarta-feira, 7. Um aquecimento nas temperaturas na Antártida causa movimentação de ar frio para o Hemisfério Sul.
FONTE: TERRA
Pente-fino do BPC prevê cancelamento de 670 mil benefícios irregulares e economia de R$ 6,6 bilhões em 2025
O governo federal prevê o cancelamento de 670,4 mil benefícios do BPC (Benefício de Prestação Continuada) em 2025, o que deve gerar uma economia de R$ 6,6 bilhões, segundo documento obtido pela Folha de S. Paulo. A taxa de cessação projetada é de 11,25%, o que significa que a cada 100 beneficiários, 11 terão os repasses encerrados.
Apesar do pente-fino, a despesa com o BPC deve atingir R$ 112,8 bilhões em 2025 e R$ 140,8 bilhões em 2028, influenciada pela valorização do salário mínimo e pelo aumento de beneficiários ao longo dos anos. Sem essa revisão, segundo a reportagem, os gastos chegariam a R$ 119,4 bilhões em 2025 e R$ 155,1 bilhões em 2028.
Os cálculos foram elaborados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social para subsidiar a proposta de Orçamento de 2025. A revisão do BPC é uma das principais medidas para alcançar o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias prometido pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) e avalizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visando o equilíbrio fiscal.
O governo editou portarias para que o INSS faça um pente-fino mensal, verificando o cumprimento dos critérios de renda para famílias com até 1/4 do salário mínimo per capita. Beneficiários fora do Cadastro Único (CadÚnico) com registro desatualizado há mais de 48 meses terão que regularizar sua situação.
Ainda conforme a reportagem, os parâmetros do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social indicam que 1,7 milhão de beneficiários estão com o cadastro desatualizado há mais de 24 meses, dos quais 306,8 mil teriam o benefício encerrado, gerando um impacto de R$ 3 bilhões em 2025. Outras revisões incluem a exclusão de 107,8 mil beneficiários fora do CadÚnico e 43,75 mil com renda fora dos critérios, poupando R$ 1,5 bilhão.
Além disso, prevê-se uma revisão bienal dos benefícios, nunca executada no prazo, que cancelaria 212 mil benefícios, economizando R$ 2,1 bilhões. A implementação gradual das revisões deve resultar no cancelamento médio mensal de 55,9 mil benefícios, com economia de R$ 6,6 bilhões.
Para os anos seguintes, a projeção é de economia crescente: R$ 12,8 bilhões em 2026, R$ 13,6 bilhões em 2027 e R$ 14,3 bilhões em 2028. Contudo, as despesas com o BPC continuarão a crescer, influenciadas pelo aumento do salário mínimo e da quantidade de beneficiários, que deve atingir 6,65 milhões em 2028.
domingo, 30 de junho de 2024
Trajetória do xilógrafo J.Borges está em exposição no Museu do Pontal
A retrospectiva da obra do mestre da xilogravura brasileira
J.Borges está disponível ao público na exposição O Sol do Sertão, que vai até o
dia 25 de março de 2025, no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro. A mostra inicia
neste sábado (29), às 14h30, e é inteiramente gratuita para o público.
Segundo o curador e diretor-executivo da exposição, Lucas Van de
Beuque, o museu fez uma longa pesquisa em cima dos acervos e coleções do
artista, de 88 anos, espalhados no Brasil. “A gente vai expor ao público essa
trajetória, desde os primeiros estudos de cordéis que ele fez até as últimas
obras, como a Sagrada Família, que foi dada ao Papa Francisco no ano passado
pelo presidente Lula, representando a arte popular do Brasil, e a obra O
coração na mão, que ele fez recentemente e é um grande sucesso”, disse Van de
Beuque à Agência Brasil.
Para fazer a pesquisa, os curadores foram à casa e ao ateliê de
J.Borges, na cidade de Bezerros (PE), onde o artista nasceu no dia 20 de
dezembro de 1935 e permanece até hoje. Também foram usados livros e biografias
que foram escritos sobre o artista.
O curador destacou que J.Borges pode ser incluído entre os
maiores artistas vivos brasileiros hoje. “Ele tem obras expostas desde o Museu
Louvre, de Paris, na França, espalhadas em museus no Brasil e coleções
privadas. Já fez algumas exposições nos Estados Unidos, na França, na Alemanha,
Suíça, Itália, Venezuela e Cuba, com uma trajetória muito ampla”.
Suas xilogravuras ganharam admiradores de peso, como o escritor
Ariano Suassuna. O artista tem vários prêmios, como a comenda da Ordem do
Mérito Cultural, o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) na categoria Ação Educativa/Cultural e o título de
Patrimônio Vivo de Pernambuco. Ilustrou também a capa de livros de escritores
como Eduardo Galeano e José Saramago, inspirou documentários e o desfile da
escola de samba Acadêmicos da Rocinha, em 2018.
Para Lucas Van de Beuque, J.Borges é uma pessoa do seu tempo,
atenta ao que acontece no mundo e ao que as pessoas se interessam. Ao mesmo
tempo, é alguém muito ligado ao seu caminho e ao que está querendo propor. “Não
é algo circunstancial. Ele tem compromisso com o Nordeste, com o cordel, com
esses valores nordestinos de um jeito de viver que é muito relevante para ele.
É muito forte essa forma de viver”.
Até hoje não tinha sido feita uma exposição sobre J.Borges que
falasse sobre toda a sua trajetória, englobando acervos privados e públicos. O
curador destaca, em especial, a primeira xilogravura que o artista fez em 1964,
iniciando sua produção para a capa do segundo cordel que escreveu. “Ali nasce
também o nome J.Borges. Porque o nome completo dele (José Francisco Borges) não
cabe na xilo. Esse testemunho está também na exposição”.
Exposição
A exposição ocupa grande parte da galeria principal do Museu do
Pontal, as duas galerias do mezanino, o saguão e um painel de 24 metros
quadrados. São 200 obras, um mini documentário sobre a vida e obra do artista e
uma linha do tempo, além de um conjunto de 50 matrizes mostrando como foram
feitas as xilogravuras.
A mostra será inaugurada durante o Festival Junino do museu, que
acontece no sábado (29) e domingo (30). O público poderá adquirir, a preços
populares, uma obra do xilogravurista na lojinha que será montada durante a
festa, semelhante à que existe em Bezerros
quarta-feira, 26 de junho de 2024
Adélia Prado vence Prêmio Machado de Assis de 2024
Honraria é a mais importante da Academia Brasileira de Letras
A escritora mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Machado de Assis de 2024. Essa é a mais importante honraria da Academia Brasileira de Letras e uma das mais tradicionais do país.
O prêmio celebra os mais de 20 livros publicados por Adélia Prado, cuja escrita é construída entre a prosa e o verso, poetizando temas do cotidiano, da religiosidade e do feminino. Em um artigo publicado no Jornal do Brasil, em 1975, Carlos Drummond de Andrade a descreveu como: “lírica, bíblica e existencial” e disse que ela “faz poesia como faz bom tempo”.
Considerada uma das principais escritoras brasileiras, Adélia Prado escreveu os primeiros versos aos 15 anos. Depois de alguns anos de ausência, se prepara para lançar uma nova obra ainda este ano, com o título provisório de “Jardim das Oliveiras”.
O Prêmio Machado de Assis será entregue no dia 19 de julho, data de aniversário da Academia Brasileira de Letras.
Batizado em homenagem a um dos fundadores da instituição, o escritor Machado de Assis, o prêmio é distribuído desde 1941. No ano passado, a premiada foi a escritora Marina Colasanti. Adélia Prado é a 11ª mulher laureada.
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